A Guarda do sábado / Heresia Judaizante

Acreditar no antigo testamento tal como ele é, sem a luz do Novo Testamento é crer na heresia judaizante e não no cristianismo. Algumas pessoas como os adventistas do sétimo dia tentam obrigar os outros a viverem conforme a lei do antigo testamento, coisas que foram abolidas pelo próprio Jesus Cristo com sua vinda. 

Deus fez uma aliança com a humanidade através de Moisés, que hoje chamamos de Antiga aliança. Os 10 mandamentos foram enviados por Deus à Moisés de acordo com esta antiga aliança em Êxodo 20. Chamamos de Antiga Aliança, porque hoje temos uma NOVA aliança. Foi o próprio Cristo quem disse, na última ceia, que existe uma nova aliança: "Este é o cálice da NOVA E ETERNA aliança, que será derramado por nós e por muitos." Lucas 22,20

Se existe uma nova aliança, é porque existiu uma antiga que ficou para trás. Os dez mandamentos  católicos estão diferentes de como estão descritos em Êxodo 20 porque foram adaptados segundo a nova aliança. O Próprio Jesus Cristo citando as escrituras do antigo testamento aboliu algumas leis:

O próprio Sábado:

a)“Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados?”. (Marcos 2, 23-28).

Os Fariseus acusavam Jesus Cristo de não obedecer a lei! Esse foi um dos motivos de terem crucificado! Pois antigamente não era permitido colher espigas no sábado! Jesus mesmo mostra que isso ficou pra trás. 

b) A antiga Lei ensinava o princípio do “olho por olho e dente por dente” (cf. Ex 21,24; Lv 24,20; Dt 19,21). Porém, Cristo nos ensina a dar a face àqueles que nos batem (cf. Mt 5,39). Podemos perceber nisto um indício da perfeição que Cristo prometeu que daria à Lei. 

c) O sacrifício de animais foi abolido. Hoje o sacrifício que temos é de Jesus Cristo, que morreu na cruz para salvação da humanidade. Se ofereceu como vítima ao Pai em pagamento de nossos pecados, para que sejamos salvos. Por isso a importância da Santa Missa.

d) Na época de Jesus, 39 tipos de trabalho eram proibidos. Entre eles colher espigas (cf. Mt 12,2), carregar fardos (Jo 5,10), etc. Os doentes só podiam ser atendidos em perigo iminente de morte, motivo pelo qual se opuseram a Jesus, que curava aos sábados (cf. Mt 12,9-13; Mc 3,1-5; Lc 6,6-10; 13,10-17; 14,1-6; Jo 5,1-16; 9,14-16).

Dentre tantas outras passagens que mostram que muitas coisas ficaram para trás, como a circuncisão, a condenação à comer carne de porco, que foi lei do antigo testamento. Jesus Cristo mostrou que isso não é mais válido quando disse que não é o que entra pela boca que contamina o homem e sim o que sai. (Mateus 15,16). 

Uma das passagens MAIS CLARAS que o sábado foi abolido é essa:

"Ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou espécies de festas ou de luas novas ou de sábados. Tudo isto não é mais que sombra do que devia vir. A realidade é Cristo". (Col 2, 16-17).

Existem diversas passagens que mostram que o dia do Senhor é o domingo na nova aliança.


Uma confirmação Bíblica de que o Domingo é o Dia do Senhor, está no Livro do Apocalipse. Em Ap 1,10 São João escreve: "Num domingo, fui arrebatado em êxtase, e ouvi, por trás de mim, voz forte como de trombeta".  A expressão que no português está como "num domingo" no original grego está "té kyriaké hémerà", que significa "No Dia do Senhor". Ora, aqui São João está dizendo que no Domingo, que é Dia do Senhor, Deus lhe deu uma revelação. Se o Domingo não é o Dia do Senhor, por que São João assim o indicou no Livro do Apocalipse?

É importante notar que a ressurreição de Jesus e Suas posteriores aparições aos apóstolos aconteceram sempre no primeiro dia da semana, ou seja NO DOMINGO. Na verdade, as Escrituras não registram nenhuma aparição no sábado depois da ressurreição (Mateus 28,1, Marcos 16,2 e 9, Lucas 24,1, João 20,1 e 19). 

"[…] Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios". (Mc 16, 8)

"No primeiro dia da semana, quando estávamos reunidos para a fração do pão, Paulo conversou com eles, com a intenção de partir no dia seguinte, e prolongou o discurso até a meia-noite. (Atos 20,7)

"No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que tiver podido poupar, para que não esperem a minha chegada para fazer as coletas". (1 Coríntios 16,2)

O Primeiro dia da semana É O DOMINGO. Se permanecesse a questão do sábado, os apóstolos se reuniriam no sábado como sempre foi feito no Antigo testamento. 

Vemos também que os apóstolos e outros discípulos se reuniram para oração e adoração no primeiro dia da semana, quando o Espírito Santo desceu sobre eles num domingo, na festa de Pentecostes, cinquenta dias após o sábado de Páscoa (Atos 2,1). Existem diversas outras passagens que mostram isso.

Provas na Patrística - O que os cristãos primitivos dizem?


EPÍSTOLA DE BERNABÉ (96 - 98 D.C.)

A epístola de Barnabé é um tratado cristão de 22 capítulos, escrito em grego, com algumas características de epístolas. Tradicionalmente é atribuída a São Barnabé, que aparece no livro de Atos dos apóstolos como colaborador e companheiro de São Paulo de Tarso. Foi conservada em um códice do Antigo e Novo Testamento (o Sináitico), o que faz notar que foi muito apreciada na antiguidade cristã da mesma forma que escritos como a Didaqué ou o Pastor de Hermas, chegando a estar no grupo dos livros que rondaram o cânon dos livros divinamente inspirados antes que fosse divinamente fixado. A datação varia entre os anos 96-98 e o 130-134.

Na epístola encontramos uma explicação detalhada da visão cristã primitiva de como para os cristãos o dia do Senhor era Domingo, por ser o dia da ressurreição de Cristo.

“Ele finalmente lhes disse: “Não suporto vossas neomênias e vossos sábados”. Vede como ele diz: não são os sábados atuais que me agradam, mas aquele que eu fiz e no qual, depois de ter levado todas as coisas ao repouso, farei o início do oitavo dia, isto é, o começo de outro mundo. Eis por que celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus.” (Barnabás 15, 6-8).

A DIDAQUÉ OU DOTRINA DOS DOZE APÓSTOLOS (65 - 80 D.C.)

É um dos mais antigos escritos cristãos não canônicos do grupo dos padres apostólicos, considerado anterior a muitos escritos do Novo Testamento. Foi Escrito entre o ano 65 e 80 da era cristã. Encontramos nele uma breve menção a celebração contínua da Eucaristia durante cara dia do Senhor, como o sacrifício perpétuo agradável a Deus profetizado pelo profeta Malaquias:

“Reúna-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados, para que o sacrifício seja puro.

Aquele que está brigado com seu companheiro não pode juntar-se antes de se reconciliar, para que o sacrifício oferecido não seja profanado [Cf Mt 5,23-25].

Esse é o sacrifício do qual o Senhor disse: "Em todo lugar e em todo tempo, seja oferecido um sacrifício puro porque sou um grande rei - diz o Senhor - e o meu nome é admirável entre as nações".(Malaquías 1,11)” (Didaqué XIV 1-3)

INÁCIO DE ANTIOQUÍA (107 D.C.)

Discípulo de Pedro e Paulo, segundo bispo de Antioquia e mártir durante o reinado de Trajano por volta de 107 d.C. Quando ele foi condenado à morte foi ordenado ir da Síria para Roma para ser martirizado. No caminho de Roma escreveu sete epístolas às igrejas de Éfeso, Magnésia, Trália, Filadélfia, Esmirna, Roma e uma carta a São Policarpo. Ao escrever para aos Magnésios testemunha como cristãos não guardam o sábado, mas no domingo:

“Se, então, aqueles que eram educados na antiga ordem das coisas se apossaram da nova esperança, não mais observando o sábado [μηκέτι σαββατίζοντες], mas observando o Dia do Senhor, no qual também a nossa vida foi libertada por Ele e por Sua morte - alguns negam que por tal mistério obtemos a fé e nele perseveramos para que ser contados como discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre - 2como seremos capazes de viver longe Dele, cujos discípulos e os próprios profetas esperaram no Espírito para que Ele fosse o Instrutor deles? Era Ele que certamente esperavam, pois vindo, os libertou da morte.” (Inácio de Antioquia – Carta aos Magnésios IX)

JUSTINO MÁRTIR (100 – 165 D.C.)

Mártir da fé cristã, morreu no ano 165 d.C decapitado, é considerado o maior apologista do Século II.

Com São Justino foi também firmemente atestado como para os cristãos primitivos, o domingo era o dia em que se reuniam os cristãos para celebrar a eucaristia. Um desses testemunhos se encontra em sua primeira apologia, que foi uma carta dirigida ao imperador romano do seu tempo, em defesa dos cristãos que eram perseguidos.

“No dia que se chama do sol [domingo] se celebra uma reunião de todos os que moram nas cidades e nos campos, e ali é lido, enquanto o tempo o permite, as recordações dos apóstolos ou os escritos dos profetas. Depois, quando o leitor termina, o presidente, fala, e faz uma exortação e convite a que imitemos estes belos exemplos. Em seguida nos levantamos todos e elevamos nossas preces, e quando terminamos, como já dissemos, se oferece pão, vinho e água, e o presidente, segundo suas forças, faz igualmente subir a Deus suas preces e ações de graças, e todo o povo exclama dizendo: “amém”. Agora vem a distribuição e participação, que se faz a cada um, dos alimentos consagrados pela ação de graças e seu envio por meio dos diáconos aos ausentes. ” (Justino Mártir, Apología I, 67)

Outra de suas obras, Diálogo com Trifão, recompila um de seus debates como um dos mais sábios judeus da época, e neste, ele acusa-o de que os cristãos não guardarem o sábado nem a circuncisão: “nem guarda as festas e sábados, nem pratica a circuncisão” (Justino Mártir, Apología I, 10,3), e aconselha em seguida a obedecer a lei judaica:

“Se queres, pois, escutar meu conselho, pois já que o tenho por meu amigo, em primeiro lugar circunda-te, depois observa, como é nosso costume, o sábado, as festas e as luas novas de Deus e cumpre numa só palavra tudo o que está escrito na leu, e então, tal vez, alcance misericórdia da parte de Deus.” (Justino Mártir, Diálogo com Trifão, 8,4)

São Justino reconhece que os cristãos não guardam o sábado e explica o por quê:

“Há alguma coisa mais que nos reprova, amigo, ou só se trata de que não vivemos segundo a vossa lei, nem circuncidamos nossa carne, como vossos antepassados, nem guardamos os sábados como vocês?”(Justino Mártir, Diálogo com Trifão, 10,1)

“Você precisa agora da segunda circuncisão, e você continua com vosso orgulho da carne, A Nova Lei quer que guardeis o sábado perpétuo, e você passa um dia sem fazer nada, já acha que parece religioso...” (Justino Mártir, Diálogo com Trifão, 12,3)

“Porque também nós observaríamos essa circuncisão carnal e guardaríamos o sábado e absolutamente todas as vossas festas, se não soubéssemos a causa pela qual elas foram ordenadas [...] Não a observamos por que essa circuncisão não é necessária a todos, senão para vocês... e se o sábado também agradou a Deus todos os justos anteriormente mencionados, e depois deles Abraão e os filhos dele até Moisés [...] também, pois, o sábado os foi ordenado por Deus para que fizessem memória Dele.” (Diálogo com Trifão, 18,2; 19,2.4)

“Por que se antes de Abrão não havia necessidade de circuncisão, nem antes de Moisés o sábado, das festas nem dos sacrifícios, tampouco há agora, depois de Jesus Cristo, Filho de Deus, Nascido sem pecado da virgem Maria da linhagem de Abraão.” (Diálogo com Trifão, 23,4)

Não há, pois, dúvida com base neste antigo dialogo entre um cristão e um judeu do século II, como já naquele tempo, os judeus estavam perfeitamente conscientes que os cristãos não guardavam o sábado e os reconheciam realmente que não.

TERTULIANO (160 – 220 D.C.)

Tertuliano não é considerado um pai da Igreja, mas sim um escritor e apologista eclesiástico, já que no final da sua vida caiu em heresia abraçando o montanismo. Contudo foi muito lido antes de seu abandono da Igreja Católica. Menciona expressamente o descanso dominical:

“Nós, porém, (segundo nos há ensinado a tradição) no dia da ressurreição do Senhor devemos tratar não só de nos ajoelhar, mas também devemos deixar todos os afazeres e preocupações, adiando também nossos negócios, a menos que queiramos dar lugar ao diabo.”. ( De orat., XXIII; cf. “Ad nation.”, I, XIII; “apology.”, XVI)

CIPRIANO DE CARTAGO (200-? D.C.)

São Cipriano nasceu em torno do ano 200, provavelmente em Cartago, de família rica e culta. Dedicou-se em sua juventude à retórica. O desgosto que sentia diante da imoralidade dos ambientes pagãos contrastado com a pureza de costumes dos cristãos, o induziu a abraçar o Cristianismo por volta do ano 246. Pouco depois, em 248, foi eleito bispo de Cartago.

Em uma carta dirigida a Fido na qual trata sobre o batismo das crianças, menciona o domingo como dia do Senhor, por ser o dia em que ressuscitou Cristo:

“Como o oitavo dia, isto é, o dia imediatamente após o Sábado era o dia em que havia de ressuscitar o Senhor, e nos havia de dar a vida com a circuncisão, por isso na lei antiga se observou este dia.” (Carta LVIII, A Fido sobre o batismo das crianças).

Além desses e outros se soma o Concílio local de Elvira realizado no ano de 300 que em seu cânon 21 demonstra que o dia em que a Igreja se reunia era o domingo: “Se alguém na cidade deixa de vir a Igreja por três domingos, seja excomungado por um curto tempo para que se corrija”.

Ellen G. White, uma herege perseguidora de Jesus Cristo


A fundadora do Adventismo do Sétimo Dia, a senhora Ellen G. White, afirmava em seus escritos que a instituição do Domingo como dia do Senhor, era invenção do Papado, e quem observasse este dia com Dia do Senhor receberia a marca da Besta. Por esta razão alguns Adventistas (acreditando mais na senhora White do que na Bíblia, nos Apóstolos, no Espírito Santo e nos cristãos dos primeiros séculos) têm procurado fundamentar esta afirmação pesquisando onde o Papado teria feito tal instituição. O melhor que fizeram até agora foi afirmar que o Papado substituiu o Dia do Senhor de Sábado para Domingo durante o Concílio de Laodicéia na Frigia, realizado em 360.

O Concílio de Laodicéia apenas confirmou a doutrina apostólica da observância do Domingo contra os cristãos judaizantes. Este Concílio não foi Geral, mas Local, e por esta razão, não envolveu o Bispo de Roma e nem tinha o poder de alcançar a Igreja inteira espalhada pelo mundo.

Devemos lembrar que os decretos contra os cristãos judaizantes foram instituídos pelos Apóstolos durante o Concílio de Jerusalém (cf. At 15). Conforme já expomos, estes decretos não favoreciam a observância do Sábado como Dia do Senhor.

Os Bispos de Jerusalém sempre foram fiéis a estes decretos, conforme podemos observar no testemunho de São Cirilo, Bispo de Jerusalém: "Não ceda de forma alguma ao partido dos Samaritanos, ou aos Judaizantes: por Jesus Cristo de agora em diante foste resgatado. Mantenha-se afastado de toda observância de Sábados, sobre o que comer ou como se purificar. Mas abonime especialmente todas as assembléias dos perversos heréticos" (São Cirilo de Jerusalém. Carta 4, 37). Então, devemos ficar com o testemunho de Ellen G. White ou com o testemunho de Jeremias, Oséias, Jesus, Espírito Santo, dos Apóstolos e dos primeiros cristãos?

Como morreu a fundadora dos adventistas? Ellen G. White morreu completamente louca! Com problemas mentais em 1915.

CAIAFARSA


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