A Blasfêmia

Retirado do Livro: "O Inferno existe: Provas e exemplos" (Pe. André Beltrami). 

O terceiro pecado que arruína tantos cristãos é a blasfêmia. E como se tornou comum no dia de hoje! Se um carroceiro não consegue fazer o seu animal andar vomita blasfêmia contra Deus e contra os santos. Se um comerciante vai mal nos seus negócios dirige imprecações contra os céus. Um jogador perde e então se ira fortemente contra Nosso Senhor e sua Mãe Santíssima. Não se pode sair de casa, sem que os ouvidos e o coração se firam por blasfêmias. Mas, que mal nos fez Nosso Senhor para o maldizermos? Não é Ele o nosso Criador, o nosso Redentor que morreu na cruz para nos salvar, e que está pronto a derramar sobre nós as suas bênçãos celestes, se o amamos? Por que usamos mal dessa língua que nos foi dada para cantar os seus louvores, profanando o seu santo nome?

A blasfêmia é a linguagem do inferno. Os santos padres justamente indignados pelos gravíssimos excessos que ela encerra chamam os blasfemos demônios em carne. Ai de quem se habitua a blasfemar! Ele se encaminha a largos passos para o inferno, pois multiplica pecados sobre pecados, escândalos sobre escândalos. Em alguns países católicos fundaram-se pias uniões que têm por escopo impedir as blasfêmias, ou, pelo menos, fazer a reparação, bendizendo o santo nome de Deus. Quando encontram algum infeliz que não sabe observar o segundo mandamento da lei de Deus, o advertem caridosamente por si ou por meio de seus conhecidos, mostram o mal que faz à própria alma, o escândalo que dá ao próximo e o castigo que o espera, se não se corrige. São admiráveis os resultados que conseguem tais pias uniões ou ligas e muito fora para desejar que florescessem em todos os países, em todas as cidades.

Reuniram-se alguns soldados numa taberna de Voviano, na Lorena, e depois de terem bebido demais, começaram a jogar. Um deles tendo perdido muito levantou-se raivoso da mesa e vendo por acaso uma imagem de Maria Santíssima., pôs-se a desabafar a sua raiva vomitando as mais nefandas blasfêmias contra a Mãe de Deus. Mas no mesmo instante, caiu no chão, com um horrível tremor em todos os membros e com tão violentos espasmos nas vísceras que se contorcia e bramia como um leão ferido. Três dias ele passou nesse estado, sem poder engolir nem alimentos, nem remédio para acalmar um tanto aquelas dores horríveis, até que no quarto dia, espumando de raiva e mordendo nervosamente a poeira morreu na presença de seus companheiros, estarrecidos por esse lutuoso espetáculo.

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